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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O NATAL É PAGÃO OU CRISTÃO? DEVEMOS COMEMORÁ-LO?





Minha Posição Sobre o Natal - Respondendo a Pergunta de Muitos.
Resolvi deixar passar o Natal para responder a pergunta de muitos a mim dirigida sobre o tema. Segue minha posição sobre o assunto:

Alguém já disse que, quando temos somente um relógio, sabemos exatamente que horas são. Quando temos dois relógios, então já não temos certeza. Diante dos pontos divergentes, somos obrigados a refletir e escolher o caminho. Assim tem acontecido com o Natal.

Houve um tempo em que ser cristão e comemorar o Natal eram as coisas mais naturais do mundo. Afinal, é o nascimento de Cristo, não é? Bom, há controvérsias.

Primeiramente, para muitos estudiosos cristãos, o Natal como nascimento de Jesus é uma comemoração artificial. Já se sabe com certeza que ele não nasceu no dia 25 de dezembro. Sabe-se inclusive que nesta data, no Império Romano, era comemorado o solstício de inverno e havia uma festa em honra a um deus chamado Mitra. Diante dessas informações, muitos cristãos entenderam que não seria correto comemorar o Natal. Mesmo porque não existe na Bíblia nenhuma ordem para se comemorar o dia do nascimento de Jesus.

Em suma, comemorar o Natal tornou-se, para muitos cristãos, algo sem sentido. Ele não nasceu nesta data. Esta data tem origem pagã. A Bíblia não ordena sua comemoração.

Somando-se a isto, temos os inúmeros excessos, na comida e na bebida, que se comete neste período. Gasta-se mais do que se pode. E ainda por cima o ambiente é dominado por comemoração vazia, por figuras mitológicas como duende e gnomos. A cena, que deveria no mínimo pertencer a Cristo, é dominada pela figura do Papai Noel, que entrou na história sabe-se lá por qual caminho.

Entretanto, mesmo diante desses fatos, muitos líderes e cristãos escolhem celebrar o Natal, e o celebram com alegria e intensidade. Por quê?

Primeiramente porque, independente da data, o Verbo se fez carne e habitou entre nós. O Eterno entrou no tempo e se fez homem. Este fato é grandioso, e ter uma data em que esta verdade pode ser proclamada é muito precioso.

Segundo; se não há mandamento para que se comemore a data, também não há proibição. Não há nenhuma ordem contra a comemoração do nascimento de Cristo.

Em terceiro lugar, pode-se fazer uma analogia com o Dia da Bíblia. Também não é uma comemoração ordenada nas Escrituras e, mesmo assim, é uma bênção poder usar este dia para exaltar a Palavra de Deus.

Em quarto lugar, o fato de 25 de dezembro ter sido dedicado a um deus pagão, não significa que eu o esteja adorando nesta data. Na maioria das vezes, se os pesquisadores não nos dissessem, nada saberíamos sobre ele. Também não significa necessariamente uma tentativa do imperador Constantino de paganizar o cristianismo. É mais provável que sua intenção fosse cristianizar o Império. Mesmo que ele tenha errado em sua estratégia, provavelmente não estava conspirando contra Cristo.

E por último, como nós nos sentiríamos se algum feriado idólatra de hoje fosse substituído por algum outro que exaltasse as verdades divinas? Não seria bom?

Com estes pensamentos, muitos permanecem fazendo do Natal uma ocasião de comemoração para a glória de Deus.

Em minha opinião, e é apenas minha opinião, aprecio tanto um como o outro. Aprecio aquele que, entendendo um paganismo encoberto, se afasta do Natal. Isto de modo algum significa que ele se afastou de Cristo. Pelo contrário, ele não comemora o Natal por amor a Cristo.

E, embora possa parecer um paradoxo, também aprecio aqueles que preferem usar o Natal para proclamar a preciosa verdade da encarnação do Verbo, pois colocam Jesus no centro dessa comemoração e convidam a todos a se renderem àquele que nasceu em Belém. Eles também o fazem por amor a Cristo.

Contradição? Paulo escreveu aos Romanos, em contexto diferente, mas em desafios semelhantes:

Há quem considere um dia mais sagrado que outro; há quem considere iguais todos os dias. Cada um deve estar plenamente convicto em sua própria mente. Aquele que considera um dia como especial, para o Senhor assim o faz. Aquele que come carne, come para o Senhor, pois dá graças a Deus; e aquele que se abstém, para o Senhor se abstém, e dá graças a Deus. Pois nenhum de nós vive apenas para si, e nenhum de nós morre apenas para si. Se vivemos, vivemos para o Senhor; e, se morremos, morremos para o Senhor. Assim, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor. Por esta razão Cristo morreu e voltou a viver, para ser Senhor de vivos e de mortos. Portanto, você, por que julga seu irmão? E por que despreza seu irmão? Pois todos compareceremos diante do tribunal de Deus. Porque está escrito: “ ‘Por mim mesmo jurei’, diz o Senhor, ‘diante de mim todo joelho se dobrará e toda língua confessará que sou Deus’. Assim, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus. (Romanos 14.5-12)

Somente não posso aceitar aqueles que celebram o Natal sem colocar Cristo no centro, que nada mais fazem do que exaltar Papai Noel e seus duendes, que com nada mais se preocupam do que panetones e perus. Isto definitivamente nada tem a ver com Natal. Verdade seja dita. Para muitas pessoas, o Natal é uma festa de perdição, em que os seus pecados se multiplicam. Estes com certeza profanam a data.

Já há muito deixei de assistir aos filmes sobre Natal, por mais bonitos que sejam e por melhores que sejam suas mensagens. Durante duas horas o nome de Cristo sequer é mencionado. Isto não é Natal, é um engano. “Tudo me é lícito, mas nem tudo edifica” (1Co 10.23).

Se você quer fazer o certo, coloque Jesus em seu Natal ou o abandone de vez. Pense nisso.

Em Cristo.



segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O QUE É O BAPTISMO EM ÁGUAS E QUAIS OS BAPTISMOS BÍBLICOS


O QUE É O BAPTISMO EM ÁGUAS E QUAIS OS BAPTISMOS BÍBLICOS


INTRODUÇÃO

Aprendemos nas lições passadas a origem do pecado e os estragos que este causa na vida do homem e até mesmo na natureza, aprendemos também o maravilhoso projecto de Deus para salvação da humanidade caída por meio de Cris-to Jesus, o “...autor e consumador de nossa fé...” (Hb 12.2).
Uma vez conscientes da necessidade de entregar nossas vidas a Cristo Jesus nosso Senhor, o perfeito Sumo-Sacerdote, aprenderemos o que é baptismo em águas e sua importância para uma vida de comunhão com o Corpo de Cristo (Sua Igreja) e com o próprio salvador.

1.     O QUE É O BAPTISMO EM ÁGUAS?


De acordo com a definição etimológica o dicionário bíblico Almeida, publicado pela Sociedade Bíblica do Brasil, edição de 1999, define o batismo como “Cerimónia em que se usa a água e por meio da qual uma pessoa se torna mem-bro de uma igreja cristã. O batismo é sinal de arrependimento e perdão (At 2.38) e união com Cristo (Gl 3.26-27), tanto em Sua morte como em Sua ressurreição. (Rm 6.3-5)”
No seu sentido literal, o termo Baptismo, significa: Mergulhar ou Imergir.
baptismo já era parte da tradição Judaica muito antes da era cristã, e foi instituído pelo próprio Cristo como uma das ordenanças para Sua igreja. João Batista, não introduziu nenhum novo costume quando baptizava os seus discípulos no rio Jordão, pois entre os judeus, a imersão de todo o corpo, em água corrente, já era praticada pelos próprios sacerdotes e por muitas ramificações do judaísmo, como meio cerimonial de se limpar de toda impureza (Is 1.16), havia também, entre os judeus, o hábito de baptizar os gentios convertidos ao Judaísmo. O Senhor Jesus, a fim de cumprir a Lei e poder ser aceito pelos judeus como o Messias, desceu as águas baptismais (Mt 3.13), e mais tarde, ao instituir a igreja, o Mestre deixou o baptismo em águas como uma de suas ordenanças.

2.     PORQUE EU DEVO-ME BAPTIZAR?


O pecador ao reconhecer as suas misérias e ao receber o Senhor Jesus em seu coração (Rm 10.9), necessita confessar publicamente seu arrependimento e que deixou o pecado para viver sua nova vida em Cristo. O baptismo é mandamento do Senhor Jesus a sua igreja, e faz parte do projecto de salvação da parte de Deus:

“...Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, baptizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo... (Mt 28.19) ”; “E disse-lhes: "Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado. (Mc 16.15-16) ”;

Quando o pecador desce as águas baptismais  o mesmo esta testificando junto ao mundo espiritual e perante os homens, que ele morreu para as práticas mundanas e agora vive para Deus.

“Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo vive-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim. (Gl 2.20) ”

Descer as águas baptismais além de ser um mandamento bíblico e um testemunho vivo da nova vida em Cristo é uma confissão da nossa fé no filho de Deus diante dos homens (Mt 10.32; Lc 12.8), é também uma demonstração de amor ao glorioso salvador, pois o próprio Jesus afirmou que a maior demonstração de amor que podemos dar a Ele é guardar os Seus mandamento. (Jo 14.15).
Ao descer as águas baptismais o pecador redimido passa ser membro do corpo místico de Cristo e de uma comunidade cristã, ao passo que este se torna membro da família de Deus. (Ef 2.19).

3.     OS TIPOS DE BATISMOS

 Há na bíblia três tipos de batismos, e cada um deles possui um significado todo especial, conforme segue:

a)     Baptismo na morte de Cristo
Baptismo espiritual que acontece no momento em que o pecador recebe o Senhor Jesus em sua vida. No momento da sua entrega, Deus transforma por meio do poder do Espírito Santo a natureza pecadora do homem em uma nova natureza, lavada e redimida pelo sangue de Jesus.
Este obra do Espírito Santo chama-se  “Novo Nascimento” ou “Batismo na Morte de Cristo”.

Ou vocês não sabem que todos nós, que fomos baptizados em Cristo Jesus, fomos baptizados em sua morte?
Portanto, fomos sepultados com ele na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova.” (Rm 6.3-4)

Este baptismo é espiritual e dá testemunho no mundo espiritual de que o pecador passou da morte para vida por meio da fé no filho de Deus.

b)    Baptismo em águas
baptismo em águas caracteriza o testemunho diante dos homens da nova vida do pecador em Cristo, dar testemunho do poder redentivo do salvador e das fortes convicções de fé deste, uma vez que se encontra consciente de sua descrição e optou, ao crer na mensagem da cruz, em entregar a sua vida aos cuidados do Senhor Jesus, passando a viver de acordo com Seus preceitos e mandamento para a vida.
Testemunha que o pecador abandonou a sua fã maneira de viver para viver a sua fé no filho de Deus que faz parte do corpo de Cristo, por meio da comunhão à comunidade cristã em que serve do Senhor.

c)     Baptismo com fogo ou no Espírito Santo
Baptismo de fogo, administrado pelo Espírito Santo, uma vez que o adorador o busca de forma intensa e desejosa. Para tal, o adorador deve vi-ver de forma santa e agradável aos olhos do Senhor seu Deus.
Este baptismo é espiritual e consiste em um revestimento de poder, a fim de habilitar o crente a desempenhar ministérios na obra do Senhor. È um baptismo que edifica o adorador e a igreja como um corpo, pois junto com ele o Espírito Santo administra dons espirituais para serviço da Sua igreja. Capacita o crente a vencer as fraquezas da carne e as tentações do mundo, bem como lhe da poder e autoridade sobre as forças espirituais do mal.
Torna-se impossível pregar o evangelho ou exercer funções ministeriais na igreja de Cristo sem o batismo do Espírito Santo, já visto que o pró-prio Senhor Jesus ordenou aos seus discípulos que ficassem em oração e consagração em Jerusalém, até que do alto fossem revestidos de poder (Atos Cap. 2). O pecador ou entregar a sua vida a Cristo e ser liberto de todas as práticas mundanas e pecaminosas deve o baptismo do Espírito Santo de imediato, uma vez que este deve testemunhar sua fé no fi-lho de Deus publicamente, e para tal tarefa, necessita do poder do Alto.

4.     QUEM DEVE SER BAPTIZADO?


No começo da Igreja, os discípulos baptizavam os neófitos tão logo se convertiam. A pessoal entregava sua vida para Jesus e logo era baptizada (At 2.41; 8.35-39; 18.8). Com o passar dos tempos se adoptou a prática de esperar um pouco antes para o baptismo  para conferir se a pessoa realmente se convertera. Por quê? Porque no começo, tornar-se cristão era assinar um atestado de óbito. Quem confessava Jesus com sua boca e era baptizado geralmente acabava preso, morto ou tendo seus bens confiscados (Hb 10.32-39). De modo que só confessava Jesus como Senhor quem de fato se convertia e estava disposto a seguir Jesus até a morte (Rm 10.9). Da mesma maneira, este tipo de gente deve hoje ser baptizada  O problema é que por volta de 325 d.C. o imperador romano Constantino, se converteu (ou pelo menos disse ter se convertido  e o Cristianismo passou a ser a religião oficial do Império. Agora, ser cristão era algo vantajoso. Muitos passaram a se dizer cristãos, mesmo sem ter passado por uma verdadeira experiência de conversão.
De acordo com os mandamentos bíblicos, todos aqueles que aceitaram a Jesus como salvador e mantém um padrão de conduta que glorifique ao Senhor Jesus, uma vez que este já não vive de acordo com os padrões do mundo ou da carne, mas vive de acordo com os padrões estabelecidos por Deus.
A bíblia declara que o candidato de crer na salvação em Cristo antes de descer as águas baptismais  e para crer, ele necessita estar consciente de sua actual situação (de pecador) diante de Deus, a fim de poder confessar seus pecados alcançar a misericórdia divina. O baptismo é individual, e não pode ser realizado por um substituto. Por este motivo, não encontramos amparo bíblico para baptizar crianças, pois o próprio salvador só foi baptizado depois dos 30 anos de idade, que para o povo judeu, era a idade adulta.
Conforme descrito acima, para ser baptizado é necessário que o pecador ouça a mensagem da cruz, ao ouvir, crer e ao crer decidir descer as águas baptismais  Como uma criança não tem consciência do seu erro e não pode crer e a mesma não se encontra apta a descer as águas baptismais.

 5.     O QUE APRENDEMOS?


Todo o crente ao receber o Senhor Jesus, deve viver uma vida de santidade, pois este se tornou templo do Espírito Santo e viver uma vida de comunhão com a Sua igreja. A única forma de ser recebido como membro de uma comunidade cristã é por meio do baptismo  pois este testemunha diante dos homens que processa a mesma fé no filho de Deus. Ao descer as águas baptismais  o crente este andando de acordo com a vontade do Senhor, fazendo aquilo que lhe agrada.

DEFINIÇÃO BÍBLICA PARA INFERNO


DEFINIÇÃO BÍBLICA PARA INFERNO





O inferno ou Hades, é o lugar terrível de dor e sofrimento. A bíblia ensina que esta lugar foi criado por Deus para Satanás e seus anjos, porém o homem ao rejeitar o sacrifício de Cristo na cruz do Calvário, recusando o único meio de salvação provido por Deus e seu senhorio em sua vida, vai para lá após a morte, aonde só retorno no dia do Juízo Final, onde será condenado com Satanás ao terrível Lago de Fogo e Enxofre, a Segunda Morte.

Porém, embora não possamos dimensionar realmente o terror que é este lugar, a bíblia presenta a maior definição sobre o inferno. Alguém possa dizer:
- Sofrer por sofrer, o inferno já é aqui para mim!; bom para alguns isso é verdade!

Porém a maior e mais terrível definição de inferno que podemos ter é: UM LUGAR SEM A PRESENÇA DE DEUS!

Pense nisso agora, torna-se imaginável um lugar sem um vestígio se quer da presença divina, este lugar é o inferno. Viver de eternidade à eternidade sem a presença Dele, é o mais terrível tormento que possa existir. O fogo do inferno, seus tormentos e larvas e todo tipo de horror que possa haver lá, nada nem de longe se compara a isso.

Portanto, ame a Deus, seja fiel e obedeça seus mandamentos, sirva a Ele com amor, sabendo que o maior bem que você tem é a manifestação da Sua Maravilhosa Presença em você por meio do Glorioso Espírito Santo.

Os heróis da fé, preferiram abrir mão da promessa e escolheram morrer de forma mais dolorosa possível, para estarem em sua Presença.

Enoque andou com Deus de forma tão íntima e pessoal, que deixou os parentes e amados amigos para viver com Ele; 

Abraão preferiu deixar sua vida para trás e andar na Presença de Deus;
Moisés preferiu morrer do que não ver a cor dos Seus olhos; 

O Rei David preferia esta um dia na sua Presença do que mil em outros lugares;
O profeta Elias, preferiu transferir seu ministério para estar com Ele;
Os apóstolos e discípulos, deixaram tudo para trás e muitos até morram por considerar a Presença de Cristo neles mais importante que a própria vida (e muitos em países perseguidos ainda o tem feito).

Qual é o real valor da presença Dele para si? Qual é a sua motivação em Servi-Lo?

Pense nisso!

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O PROJETO DE SALVAÇÃO



O PROJETO DE SALVAÇÃO


Deus criou o homem para Sua gloria, a fim de que este de relacionasse com Ele. A bíblia descreve o homem como sendo a “coroa da Sua criação” ao passo que nem mesmo os anjos conseguem compreender o tamanho amor de Deus por nossas vidas. Satanás havia sido expulso das regiões celestiais logo após a sua rebelião, e lançado na terra com os demais anjos que o seguiram (Is 14.12-17; Ez 28.13-18; Lc 10.18; Ap 12.7-9), quando a terra foi recriada mediante ao caos de sua queda, ele estava aqui e contemplou toda a criação e percebeu o profundo amor de Deus para com o homem, durante o processo de sua criação (Gn Cap. 1 ao 3). Quando ele induziu o homem ao erro por meio da mulher, que é vaso mais frágil (Gn 3.1-7; I Pe 3.7), Satanás que veio ao mundo senão para “roubar, matar e destruir;” (Jo 10.10a) e era até então era o ser “mais astuto” (Gn 3.1a) da criação, pensou que ao induzir o homem ao erro, se acenderia a ira do Senhor contra ele, este por sua vez seria exterminado pelo seu pecado.
De certa forma Satanás estava correto, pois quando ele pecou, recebeu o justo castigo do seu erro (Ap 20.10 – “O Diabo, que as enganava, foi lançado no lago de fogo que arde com enxofre, onde já haviam sido lançados a besta e o falso profeta. Eles serão atormentados dia e noite, para todo o sempre”). Mas ele não conhecia algo chamado “graça”, pois o Senhor não havia sido misericordioso para com ele, mas sim justo.
Precisamos perceber que quando pecamos, nosso pecado fere a santidade de Deus, que por sua vez aciona a justiça de Deus que aplica em nós o castigo pelo nosso erro, o “salário do pecado é a morte” (Rm 6.23). Diante desta verdade, o diabo esperava que após o homem estivesse em estado de pecado, Deus aplicasse a morte a ele, pois só depois de ser satisfeito a justiça é que poderá ser aplicado a misericórdia ou o amor.
Deus por sua vez, ao amar o homem, sacrifica em seu lugar um animal (Gn 3.21) aplicando sobre este animal a Sua justiça e uma vez que a justiça de Deus estando satisfeita, sobra para o homem o perdão e o profundo amor de Deus.
Aleluia, quando o diabo pensava que havia vencido, foi surpreendido, por uma maravilhosa promessa: “Então o Senhor Deus declarou à serpente: Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar" (Gn 3.14a-15).


 O CUMPRIMENTO DA PROMESSA


Deus inicia o Seu maravilhoso projeto de resgate da humanidade logo após a queda do homem. No Antigo Testamento contemplamos Deus revelando sua salvação por meio de 05 dispensações:

1.    Inocência (Deus se revela ao homem)
2.   Consciência (Deus se revela por meio da natureza criada e por meio do juízo consciente do homem)
3.   Governo humano (Deus ao colocar um freio na geração que caminhava desenfreada na maldade por meio do dilúvio, estabelece uma aliança com Noé e sua família, instituindo o governo humano, na qual os líderes ou governantes teriam a responsabilidade de ensinar seus liderados a amarem e temerem ao Senhor).
4.   Promessa ou Abramica (Deus se revela a Abraão e lhe promete um descendente, que “por meio dele, todas as família da terra serão benditas”).
5.    Lei (Deus se revela por meio da Lei entregue a Moisés).

Uma dispensação foi mais eficaz que a outra, o pecado é um estado e um ato e não uma opção, e está impregnado na natureza do homem. Sendo assim, o homem se tornou escravo dos seus deleites e totalmente incapaz de satisfazer os requisitos divinos para obter a Salvação. Não foi capaz de conhecer a Deus e obedecê-lo na primeira dispensação.
Na segunda sua consciência se contaminou com o pecado ao passo que aquilo que era errado passa a ser certo e o que erra proibido passa a ser permitido pela consciência com o senso de justiça deturpado e contaminado pelo pecado.
Na terceira dispensão vemos os governos humanos se corromperem pelo poder, ganância e outros sentimentos pecaminosos, como foi o caso da torre de Babel (Gn 11.1-9).
Na quarta dispensação os filhos de Abraão se desviaram na promessa e não se mantiveram firmes como seu pai, perdendo sua visão.
Na quinta dispensão a nação de Israel não compreendeu o propósito de Deus em ser um instrumento em suas mãos para evangelizar o mundo, sem contar no fato de que o povo por inúmeras vezes romperam a sua aliança com Deus. Na antiga aliança (A Lei) o pecador tinha que se apresentar diariamente perante o Senhor na Tenda do Concerto, e o sacerdote, sacrificava um animal de acordo com o descrito na Lei. O pecador colocava a não na cabeça do animal e por meio de uma oração cerimonial, transferia seu pecado para o animal, que era de-golado e seu sangue apresentado ao Senhor, uma vez que a justiça divina se encontrava satisfeito pela morte do animal, ao homem pecador era aplicado o amor divino. Toda vez que o Senhor olhasse para o adorador, via nele o sangue do animal imolado, e lembrava-se que uma vida havia sido dada pela remissão deste pecador, e Deus se relacionava com ele. Mas a Lei por sua vez não se tornou eficiente para redimir o homem, pois este devido sua degradação moral, não podia cumprir os requisitos da Lei, e esta por sua vez, só cobria com o sangue do animal sacrificado o pecado do pecador, mas não mudava seu estado e sua natureza pecaminosa em uma natureza santa.

  A GRAÇA


Cada dispensação demonstrava o profundo amor de Deus pela humanidade caída, pois em cada uma, o homem não pode cumprir sua parte na aliança com o Senhor, por este motivo, Deus em sua infinita misericórdia, apresentava uma nova dispensação com o intuito de que o homem se santificasse e se relacionasse com Ele.
Todas as dispensações apontavam para aquela que seria a culminante, a dispensação da “Graça”. O próprio Deus, por meio de Seu único filho unigénito (da mesma natureza) se revelou e se manifestou a humanidade. Quando Jesus morreu na cruz do calvário, Ele estava tomando nosso lugar, e sofren-do por meio de nossa condenação. Como o pecado entrou no mundo por meio de um homem (Adão), a salvação entra no mundo por meio de um único homem, Jesus de Nazaré. 
Jesus nasceu da mulher, de uma forma milagrosa, pois a criança foi gerada no ventre de Maria, quando esta ainda era virgem e não conhecia homem (Lc 1.26-35). Jesus foi gerado pelo Espírito Santo no ventre de uma mulher, desta forma sua natureza divina foi preservada sem ter contato com o pecado, embora Ele fosse homem, também era Deus e não possuía a natureza caída do homem, e Nele nunca houve “nenhuma violência nem houvesse nenhuma men-tira em sua boca” (Is 53.9). Somente Cristo pode cumprir os requisitos da justiça divina.
Ao ser pendurado no madeiro “Cristo nos redimiu da maldição da Lei quando se tornou maldição em nosso lugar, pois está escrito: "Maldito todo aquele que for pendurado num madeiro" (Gl 3.13).
O profeta Isaías no Cap. 53 profetiza o perfeito sacrifício de Cristo (leia este ca-pítulo).

SALVOS PELA FÉ


A salvação é mediante a fé no filho de Deus, pois somente por meio do sacrifício de Cristo na cruz do calvário o homem pode ser liberto de uma vez por todas das garras do pecado e ser transformado em uma nova criatura (mudança de natureza, João 3).

O que salva o homem não é o sistema religioso nem a nossa justiça ou bondade. A bíblia descreve que um homem chamado Nicodemos, extremamente religioso, foi procurar Jesus, o Mes-tre lhe ensinou que embora Nicodemos seja fiel a um sistema religioso e este cumpra seus deveres de justiça para com a sociedade, somente a obra redentora de Cristo poderia con-duzilo a vida eterna com Deus. O homem precisa nascer de novo (Jo Cap. 3), ser uma nova criatura, ao aceitar Jesus como salvador e confessa-lo diante dos homens, sua natureza pecaminosa é arrancada e uma natureza divina, por meio do sangue de Jesus nasce no pecador arrependido. Agora toda vez que Deus olhar para o pe-cador, o Senhor não verá mais seus pecados, mas sim o sangue do cordeiro em sua vida, e este é o que habilita o adorador a ver a face do Senhor diante do trono da Graça.
Por isso por mais justo e correto diante dos olhos humano, o homem não pode se salvar, e não á ninguém, senão Cristo Jesus que pode transformar a sua natureza pecaminosa na natureza de redimido, de um filho de Deus (Jo 1.12).


 O QUE APRENDEMOS?



Somente por meio do sacrifício de Cristo na cruz do calvário e do seu sangue é que podemos
obter o perdão dos nossos pecados e a remissão eternar. O homem por si, não pode alcançar o padrão de justiça estabelecido por Deus para satisfazer seus requisitos de santidade, já visto que ele possui uma natureza caída e propensa ao erro. Por mais justo ou honesto, rico em bondade e generosidade que o homem seja, a salvação da sua alma só pode ser realizado por meio do filho de Deus. Para tal ele necessita aceitar a Cristo Jesus como seu único e suficiente salvador, conforme declara as escrituras sagradas em Romanos 10.8-11.




By Pastor Eduardo Rodrigues


HISTÓRIA DA ALIANÇA CRISTÃ E MISSIONÁRIA




HISTÓRIA DA ALIANÇA CRISTÃ E MISSIONÁRIA



1.     O FUNDADOR


Albert Benjamin Simpson (15 de dezembro de 1843 – 29 de outubro de 1919) (A.B. Simpson) foi um pregador evangélico canadenseteólogoautor, e funda-dor da  Aliança Cristã e Missionária.
A Aliança Cristã e Missionária ou Aliança Missionária é uma denominação evangélica protestante com ênfase em missões de evangelismo global.
Hoje a Aliança Cristã e Missionária exerce um papel de liderança no evangelismo global. A Aliança Missionária hoje está presente por meio de seus missionários e congregações em mais de 80 países nos 04 continentes, com cerca de 5 milhões de cristãos no globo que se denominam Aliancistas, mais de 2 mil igrejas só nos Estados Unidos da América, até o momento temos mais de 2000 mil missionários enviados e sustentados. 

                       

2.     COMO TUDO COMEÇOU

 
Simpson nasceu em Cavendish, no Canadá. Foi o quarto filho do casal James Simpson Jr. e Janet Clark.
O jovem Albert cresceu em meio à rígida tradição puritana da Igreja Escocesa Calvinista Presbiteriana. Sua conversão para a fé começou sob o ministério de Henry Grattan Guinness, um evangelista visitante da Irlanda, durante o reavivamento de 1859.
Simpson ficou algum tempo na área de Chatham, estado de Ontário, e recebeu seu treinamento teológico em Toronto, no Knox College, na Universidade de Toronto. Após sua graduação em 1865, Simpson foi posteriormente ordenado na Igreja Presbiteriana do Canadá, o maior dos grupos presbiterianos do país (o qual foi consolidado após sua partida para os EUA).
Aos 21 anos de idade ele aceitou um chamado para a grande Igreja Presbite-riana de Knox (fechada em 1971), que ficava nas proximidades de Hamilton, es-tado de Ontário. Em dezembro de1873, aos 30 anos, Simpson deixou o Canadá e assumiu o púlpito da maior igreja presbiteriana de Louisville, no estado ameri-cano do Kentucky: a Igreja Presbiteriana de Chestnut Street. Foi em Louisville que, pela primeira vez, ele concebeu a pregação do evangelho para o homem comum, construindo uma simples tenda para esse propósito. Apesar de seu su-cesso na Igreja de Chestnut Street, Simpson sentiu-se frustrado pela relutância desta em abraçar a responsabilidade de um esforço evangelístico mais amplo.
Em 1880 Simpson foi chamado para a Igreja Presbiteriana da Thirteenth Street (Rua 13), em Nova Iorque, onde imediatamente começou a alcançar o mundo com o evangelho. Além das atividades evangelísticas na igreja ele publicava o jornal missionário The Gospel in All Lands (O Evangelho em Todas as Nações), o primeiro jornal missionário com gravuras. Simpson também fundou e iniciou a publicação de uma revista ilus-trada chamada The Word, Work, and World (A Palavra, o Traba-lho e o Mundo). Em 1911 a re-vista passou a se chamar The Alliance Weekly ( A Aliança Se-manal), depois Alliance Life (A Vida Aliancista), e agora é cha-mada  The Life (A vida). É a publicação oficial da Aliança Cristã e Missionária nos Estados Unidos e Canadá.
Mas em 1881, após dois anos frutíferos na Igreja Presbiteriana Thirteenth Street, ele se demitiu a fim de começar um ministério evangelístico independente, vi-sando os novos imigrantes e as massas negligencia-das de Nova Iorque. Simpson iniciou aulas informais de treinamento em 1882 de forma a alcançar  “os negligenciados do mundo com os negligenciados recursos da igreja”.
Em 1883 um programa formal já estava funcionando, de forma que ministros e missionários estavam sendo treinados num contexto multicultural. A escola onde se iniciaram tais treinamentos foi o início do Nyack College e do Seminário Teológico da Aliança. Em 1889, Simpson e sua igreja mudaram-se para uma nova localidade na esquina da Rua 44 e 8ª Avenida, chamada de New York Tabernacle. Este lugar se tornou a base não somente de seu ministério de evangelismo na cidade como também de seu crescente trabalho de missões mundiais.

3.     OS ENSINOS DE SIMPSON


A educação disciplinada que Simpson recebeu aliada a seu talento natural fize-ram dele um dos mais efetivos comunicadores da Palavra de Deus. Sua prega-ção trazia grandes bênçãos e conversões onde quer que ele estivesse, e sua abordagem única do evangelho de Jesus se tornou conhecida como “the Four fold Gospel”, algo como “as Quatro Faces do Evangelho”: “Jesus nosso Salvador, Santificador, Médico Divino, e Rei Vindouro”. As Quatro Faces do Evangelho são simbolizadas no logo da Aliança Cristã e Missionária: a Cruz, a Bacia, o Jarro e a Coroa. Sua especial ênfase no evangelho acabou por vir através de sua doutrina e experiência “Cristocêntrica”.
Atormentado por enfermidades por muito tempo desde sua infância, Simpson experimentou a cura divina após compreender que a Vida e a cura eram parte da bênção de viver em Cristo. Ele enfatizava a cura em suas Quatro Faces do Evangelho e usualmente dedicava uma reunião por semana para ensinar, ouvir testemunhos e pregar sobre esse tema. Embora este ensinamento tenha isolado a ele e à Igreja Aliança das principais denominações que não enfatizavam este ponto ou simplesmente rejeitavam a cura, a intransigente confiança de Simpson na Palavra e no poder de Deus o mantiveram perma-nentemente atuando adiante de seu tempo sem críticas ou rancores contra aqueles que discordavam dele.
O coração de Simpson para o evangelismo tornou-se a força motriz por detrás da criação da Aliança Cristã e Missionária. Inicialmente a Aliança não foi fundada como uma denomina-ção, mas como um movimento organizado de evangelismo mundial. Hoje a Aliança Cristã e Missionária exerce um papel de liderança no evangelismo global.
No seu livro de 1890, “A Larger Christian Life” (“Uma Vida Cristã Mais Ampla”, numa tradução livre), Simpson discute sua visão para a igreja:

“Ele (Cristo) nos mostra o plano para uma igreja Cristã que é muito mais que a associação de amigos com interesses comuns para ouvir uma vez por semana um discurso intelectual e entretenimento musical e continuar como que por procuração um mecanismo de trabalho cristão; em vez disso, uma igreja que pode ser ao mesmo tempo mãe e lar de toda forma de auxílio e bênção que Jesus veio para dar aos homens perdidos e sofredores, berço e lar das almas, fonte de cura e purificação, abrigo para os órfãos e angustiados, escola para a cultura e treinamento dos filhos de Deus, o arsenal onde estes são equipados para a batalha do Senhor e o exército que luta estas batalhas em Seu nome. Tal centro de pessoas neste mundo triste e pecador!” (tradução livre da p. 153 do livro “A Larger Christian Life”, de A. B. Simpson). 


4.     O ENVOLVIMENTO COM O MOVIMENTO PENTECOSTAL


Durante o início do século XX, Simpson se tornou intimamente envolvido com o crescente movimento pentecostal, uma vertente do movimento de Santificação que surgiu entre as igrejas protestantes dos EUA no século 19. Era comum que pastores e missionários Pentecostais recebessem seu treinamento no Missionary Training Institute, hoje Nyack College (Nyack, estado de Nova Iorque), fundado por Simpson. Por causa disso, Simpson e a Aliança Cristã e Missionária tiveram uma grande influência no Pentecostalismo, particularmente nas Assembleias de Deus e na Igreja do Evangelho Quadrangular. Esta influência incluiu a ênfase evangelística, as doutrinas da Aliança, os hinos de Simpson, livros e o uso do termo “Gospel Tabernacle” (“Tabernáculo do Evangelho”, tradução livre), que evoluiu em igrejas Pentecostais conhecidas como “Full Gospel Tabernacles” (“Tabernáculos do Evangelho Pleno”).
Estas igrejas, entretanto, vieram a desenvolver uma severa divisão com a Aliança Cristã e Missionária a respeito da chamada “doutrina da evidência inicial” do pentecostalismo. Embora Simpson e a Aliança Cristã e Missionária abraçassem de todo coração o batismo (“preenchimento”) com o Espírito Santo e todos os dons espirituais, inclusive o dom de línguas, não podiam abraçar a posição de que somente o falar em línguas seria a evidência inicial do batismo com o Espírito Santo. Isto finalmente acabou por causar a emergência da Aliança Cristã e Missionária como uma denominação distinta.

5.     O DESCANSO DE UM HERÓI DA FÉ E SEU LEGADO


Simpson foi convidado várias vezes para pregar na Europa e, em 1893, também visitou os obreiros da Janela 10/40, China e Japão. Em 1910 visitou a América Latina, fazendo paradas no Brasil, Argentina, Chile, Peru e Equador.
Simpson foi um escritor prolífico desde o início do seu ministério, tendo sido autor de 101 livros e inúmeros hinos, periódicos, folhetos, artigos. Ele lançou a primeira revista evangélica missionária ilustrada. Sua influência passou a mover o coração dos missionários, pastores e pessoas de todas as denominações para a difusão do evangelho em todas às terras. Ele trabalhou como pastor até 1918 e depois se retirou por causa de enfermidades. Suas ulti-mas palavras foram uma oração a Deus por todos os missionários que ajudou a enviar ao mundo. Em 1919 terminou sua jornada, mas sua influência permanece até hoje, através das organizações que ajudou a criar ou líderes influenciados por suas pregações.
A.B. Simpson e sua esposa, Margaret, foram sepultados no Rockland County Campus do Nyack College em Nyack, estado de Nova Iorque (EUA).





By Pastor Eduardo Rodrigues