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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

HISTÓRIA DE MISSÕES EM PORTUGAL


HISTÓRIA DE MISSÕES EM PORTUGAL[1]






1   INTRODUÇÃO[2]
Os Evangélicos, em Portugal, não constituem uma seita como tantas têm surgido, com espectáculo e procurando que prosélitos incautos se enredem na sua teia de interesses, geralmente não apenas espirituais. Os Evangélicos têm uma presença firmada de mais de 150 anos e de uma presença que foi recusada pelo Estado inquisidor de então, de mais de 350 anos.
São centenas de missionários que amando o povo português e a profunda obscuridade espiritual com que o mesmo se encontrava, procuraram mediante o seu testemunho e a proclamação da Palavra de Deus, que os seus olhos fossem abertos para a verdade.

2   ATÉ AO SÉCULO XIX

Até ao século XIX, a aceitação da fé “evangélica” ocorreu quase exclusivamente fora do país continental. Os que adoptaram a fé cristã evangélica foram algum estudiosos e diplomatas portugueses que empreendiam diversas viagens aos países afectados pela Reforma do século XVI.

Não houve, contudo, qualquer influência particular do período da Reforma e dos seus princípios em Portugal. Não há notícia da existência de nomes radicados em Portugal, semelhantes aos reformados da Europa Central e do Norte e que assumiram uma posição de inequívoca defesa da liberdade religiosa durante um longo período de tempo, com as consequências daí decorrentes, geralmente o risco da própria vida.
Em 1641 foi estabelecida em Lisboa, uma igreja reformada holandesa. No ano seguinte, o rei D. João IV assinou um tratado com Carlos I de Inglaterra, através do qual os súbditos britânicos residentes em Portugal tinham garantidos a sua liberdade de consciência e religião.

1.1  João Ferreira de Almeida (1628-1691)

Foi um português que recebeu a sua educação teológica na Holanda, empreendeu a primeira tradução do Novo Testamento para a língua portuguesa, a partir do original grego. Em 1670 a tradução estava concluída e onze anos depois foi publicada. João Ferreira de Almeida faleceu antes de completar a tradução de todo o Antigo Testamento do original hebraico. No entanto traduziu-o, de Génesis a Ezequiel, enquanto estava em Java (Indonésia). Em 1819 foi publicada a primeira edição da Bíblia em Português, de Génesis a Apocalipse, traduzida por João Ferreira de Almeida, sendo as versões revistas e atualizadas, posteriormente, as quais continuam a ser utilizadas pelos cristãos evangélicos de língua portuguesa. 





1.2  O Tenebroso Período da Inquisição

A Inquisição tratou de eliminar o número reduzido de “hereges protestantes” que foram surgindo em Portugal. Por isso, os “reformados” tiveram muita dificuldade em continuar a afirmar publicamente a sua fé num ambiente tão hostil como o da Península Ibérica, já que Portugal manteve-se apegado à sua herança católica romana através dos 300 anos de Inquisição (só abolida oficialmente em 1821). Aliados à Inquisição, o Concílio de Trento (1545-63), o índex de livros proibidos e a Companhia de Jesus (Jesuítas), impediram o surgimento de qualquer outro pensamento religioso no nosso país.

1.3  Avanços Importantes

É de referir que durante muitos anos, a própria Bíblia Sagrada esteve no elenco dos livros proibidos. Um povo analfabeto, a burguesia pouco apegada às letras, as missas em latim e a proibição da leitura da Bíblia Sagrada, constituiram assim, obstáculos intransponíveis para o conhecimento do evangelho pela população lusitana. Como reconheceu Almeida Garrett, nove anos após abolição da Inquisição, no seu ensaio "Portugal na Balança da Europa" (1830) "Portugal sofreu uma grande perda em não ter um maior contacto com as influências liberalizantes da Reforma". E tal deveu-se, em grande parte, ao sistema da Inqui-sição.
“O Peregrino”, de João Bunyan, foi o primeiro livro “evangélico” publicado em Portugal. A primeira edição data de 1778 e a mesma foi possível em virtude da expulsão dos Jesuítas de Portugal e das reformas liberais de Marquês do Pombal.
Em 1774 foi inaugurado o primeiro cemitério protestante em Lisboa. Contudo, o acesso a esse cemitério estava limitado aos súbditos britânicos residentes em Portugal, ao abrigo do tratado outorgado em 1642.

1.4  Avanço dos Trabalhos Missionários

A fundação da agência da  Sociedade Bíblica Britânica estrangei-ra, em 1809 foi o primeiro marco que conduziu a que muitos agentes da referida sociedade tenham percorrido Portugal, deixando quantidades apreciáveis de Bíblias em locais afastados da capital. Todavia, não houve o estabelecimento de qualquer “igreja”.
O primeiro esforço duradouro foi iniciado em 1838, quando o Dr. Robert Kalley (1809-1888), cirurgião de Glasgow, chegou com a sua esposa Sara (1825-1907) à ilha da Madeira. Ali permaneceram durante oito anos, durante o qual centenas de pessoas conheceram ao Senhor Jesus Cristo. Este médico transcrevia no final das suas receitas um versículo bíblico, levando a que muitas pessoas pudessem ler, pela primeira vez, textos da Bíblia Sagrada. Contudo, em 1846 estalou uma violenta perseguição religiosa e os seus bens pessoais, o pequeno hospital e as escolas que tinham fundado foram alvo de pilhagem e destruição. O casal, em conjunto com cerca de 2000 pessoas, saíram da Madeira e instalaram-se em diversas partes do mundo, muito particularmente nos EUA.
Em 1840 foi fundada, em Lisboa, a  Sociedade Bíblica Portugue-sa, vinculada organicamente à Sociedade Bíblica Britânica Estrangeira, tendo exercido um ministério pioneiro na colportagem, acompanhamento e apoio às igrejas.
Foi à segunda metade do século XIX que marcou o início de um trabalho evangelístico em Portugal Continental. Robert Stewart, em 1860, capelão da comunidade escocesa de Lisboa começou a pregar o Evangelho em língua portuguesa aos portugueses. Foi assim que surgiu a primeira igreja presbiteriana em Portugal. Em 1868 foi construído o primeiro templo metodista em Vila Nova de Gaia (junto ao Porto)
Em 1854, um engenheiro químico inglês, Thomas Chegwin, chegou às minas de cobre no Palhal (Albergaria-a-Velha) e ali deu início a aulas para os mineiros e respectivas famílias, distribuindo as Escrituras às pessoas em geral. Na sequência desse trabalho foi aberto um trabalho no lugar de Palhal, desde o fim do século XIX da responsabilidade de irmãos do Movimento dos “Irmãos” - e que ainda hoje existe.
Em 1872, Richard e Cathriyn Holden chegaram do Brasil, onde tinham representado a Igreja Episcopal da Escócia e tinham desfrutado da comunhão com o Dr. Robert Kalley no Rio de Janeiro. Richard Holden tinha também passado algum tempo a viajar na Inglaterra com J.N.Darby. Estes irmãos foram usados pelo Senhor e pelo seu testemunho foi edificado em 1877 o primeiro templo de uma igreja evangélica, em Lisboa - nas Amoreiras. Nos anos seguintes outros irmãos - Charles e Mary Swan, Robert MacGregor, Stwart McNair e George Owens prosseguiram o trabalho de expansão de igrejas em Portugal.
Os primeiros trabalhos das igrejas “baptistas” e “pentecostais” foram erigidos apenas já no século XX, respectivamente em 1922 (com a abertura de um seminário em Viseu) por Joseph Jones e em 1923 (com a abertura de um templo em Portimão), por José Matos, embora o trabalho “pentecostal” já se tenha iniciado em 1913 através de José Plácido da Costa, um baptista reformado chegado do Brasil.



1.5  Missões no Séc. XX – Deus abrindo portas.

Com a implantação da República, em 1910, aumentou a tolerância religiosa por um período de mais de uma década. Em 1911 foi oficialmente reconhecida a liberdade de culto, assim como o estabelecimento de congregações religiosas, mediante autorização oficial, como aliás, foi também reconhecido ainda durante a monarquia, em 1901. Houve um crescimento da fé evangélica em Portugal, de tal modo que em 1920 a percentagem da população com fé evangélica era de 0,05%. Em 1932, o número de membros das Igrejas Evangélicas em Portugal era de 3.000, cifrando-se em cerca de 10.000 o número de “simpatizantes” (assistentes irregulares).
A Aliança Evangélica Portuguesa foi estabelecida em 1921, por Eduardo Moreira, embora apenas tenha obtido o reconhecimento por estatuto legal em 1935.
Os anos que se seguiram foram de reforço das relações entre o Estado e a “Igreja Católica”, motivadas pelo exercício ditatorial do poder governativo de Oliveira Salazar, desde logo com a promulgação da Constituição de 1933 e da outorga da Concordata (em 1940) entre Portugal e o Estado de Vaticano. Com essa Concordata, a “Igreja” Católica recuperou todos os bens que lhe tinham sido confiscada 25 anos antes, tendo-lhe sido concedida isenção de impostos (a seminários, paróquias e sacerdotes). A vida monástica foi uma vez mais encorajada e as alegadas “aparições de Fátima” conduziram a um maior obscurantismo com peregrinações mensais e anuais para aquela localidade.
A comunidade evangélica continua a “sobreviver” à sombra de todos estes acontecimentos, contudo reunindo-se em locais poucos visíveis (rés-do-chão ou caves de edifícios), associada à perseguição que começou a ser alvo da população católica, apesar do respeito e tolerância com que o Estado os tratava. Deu-se sempre a ênfase forte na salvação pessoal de cada indivíduo.
Apenas com a lei de liberdade religiosa de 1971 - que consignou o reconhecimento oficial da comunidade evangélica - e com a revolução de 25 de Abril de 1974, os evangélicos passaram a dispor - para o bem e para o mal - de uma liberdade de expressão, quer quanto à abertura de trabalhos, quer quanto à comunicação social e opinião pública, quer quanto ao reconhecimento da constituição legal junto da Administração local e central.

1.6  A Influência Evangélica na Sociedade Portuguesa

A presença e a participação dos cristãos evangélicos na sociedade portuguesa manifestaram-se desde bem cedo e continua, no presente, mediante uma série de organizações e acções promovidas pelas Igrejas Evangélicas. Entre outras, podemos destacar as seguintes:

a) No apoio a crianças e a idosos
A primeira associação de beneficiência evangélica foi fundada em 1927, a qual fundou em 1968 um lar de repousos para a terceira idade em S. Sebastião de Guerreiros. Lares de repouso foram igualmente fundados em Lisboa, Porto, Sintra, Estremoz (Lar Betânia), Maia (Lar Evangélico Português), Santo Antão do Tojal (Lar Ebenezer, já extinto) e recentemente em Pardilhó-Estarreja (Lar Vida Nova).

b) Centros sociais de beneficiência
Creches, jardins de infância e associações de beneficiência, têm sido fundados por cristãos evangélicos. Entre outros, podemos citar a Associação das Escolas do Torne e do Prado, a Associação Vida Abundante, Centros Sociais Baptista e da Cova/Gala, Centro de Solidariedade Social de Valdozende, Infantário Árca de Noé (Braga) e "O Refúgio" (Felgueiras). "Assistência Evangélica a doentes da lepra" (Vieira de Leiria) e "Associação de Apoio aos Leprosos" (Portimão)

c) No apoio a refugiados
Este trabalho foi mais incisivo após o 25 de Abril de 1974. A Associação Evangélica de Assistência e Apoio aos Refugiados e a Missão Médica Evangélica Cristã deram um contributo ao ir ao encontro de muitos portugueses que se viram forçados a deixar os seus bens materiais nas ex-colónias e a regressar ao Continente. Idêntico contributo foi dado pelo Tear Fund, Apoio Cristão Internacional e pelo Exército de Salvação e pelas igrejas locais.

d) No apoio aos invisuais
A Luz da Vida e Luz nas Trevas são duas associações que têm por escopo a evangelização e reabilitação dos cegos.

e) Na recuperação de toxicodependentes e alcoólicos
São várias as organizações evangélicas que têm o reconhecimento oficial para actuar nesta área. Entre outros, podemos citar o Desafio Jovem, Centro de Recuperação O Caminho, Remar e Associação Estrela de David. A Cruz Azul de Portugal desenvolve recursos educacionais e treinamento de voluntários para intervir nas escolas ou igrejas sobre álcool e outras drogas.

f) Em grupos profissionais
Tal como juristas, médicos (Vigilante-Assoiciação de Socorros Médicos, Associação Cristã Evangélica de Profissionais de Saúde), homens de negócios (Associação dos Homens de negócios), professores (Associação Portuguesa de Professores Cristãos Evangélicos), empresários (Associação de profissio-nais e empresários cristãos), universitários (Grupo Bíblico Universitário), desportistas (Movimento Desportivo Internacional), entre outros.

g) Livrarias e Casas Publicadoras
A Sociedade Bíblica (fundada em 1840), o Centro de Publica-ção Baptista (fundado em 1926), a CAPU (1943), a União Bíblica (1950), o Núcleo Centro de Publicações Cristãs (1955), a Livraria Vida (no Porto, em 1961) e a Livraria Esperança (no Porto, em 1963), são alguns exemplos de intervenção nesta área.

h) Rádio e Televisão
A evangelização através da rádio constituiu um motor de crescimento durante a década 50. “Mensagens Bíblicas” era um programa produzido por Alfred Poland, da Igreja Evangélica (dos Irmãos) de Sta. Catarina, Lisboa e que nas ondas do RCP e da Rádio Comercial levou muitas almas a conhecer o evangelho do Senhor Jesus Cristo. Após longos anos de intervenção da Aliança Evangélica Portuguesa, a televisão pública concedeu às confissões religiosas não católicas, entre as quais a evangélica, um programa televisivo no Canal: 2, mensal, de 30 minutos ("Caminhos") e mais recentemente um outro de 6 minutos, duas vezes por semana ("Luz para as Nações").

i)   Acampamentos
Visando a formação espiritual, a comunhão e o convívio entre crianças, adolescentes e jovens, foram surgindo em Portugal diversas organizações de Acampamentos. A primeira ocorreu em 1949, no Campo Bíblico do Carrascal, pela União Bíblica. O Centro do Bíblico de Esmoriz (1968), os Acampamentos Bíblicos do Palhal (1971), são dois exemplos vivos de acampamentos, entre muitos outros, que surgiram em Portugal durante os últimos 40 anos.
1.7  A Presença Evangélina da Sociedade Portuguesa

Actualmente, segundo os últimos censos estatísticos, declararam serem cristãos evangélicos (“nominais”) em Portugal cerca de 500.000 pessoas entre nacionais e estrangeiros, correspondente a 0,5% da população portuguesa. Cremos, contudo, que o número de cristãos, salvos pelo Senhor Jesus Cristo, não é passível de estatística, isto porque há muitos que se proclamam nominalmente como “evangélicos” e nunca teve um encontro pessoal com o Senhor Jesus Cristo, pedindo a salvação e o perdão dos pecados. Por outro lado, há outros que o podem ter feito e não constam das referidas estatísticas.
O certo é que mais do que uma presença social, ou mais do que uma presença activa na sociedade, o importante da presença evangélica em Portugal deve ser o seu testemunho perante uma sociedade cada vez mais afastada dos valores espirituais e de Deus.






[1] Conteúdo extraido do site:
[2] Cnf. M. Renwick, A Igreja Cristã e Sua História, Queluz, 1986. Gerald Ericson, Os Evangélicos em Portugal, Queluz, 1984. Núcleo, Prontuário Evangélico (de diversos anos). Elementos avulsos recolhidos em jornais e publicações evangélicas.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O Engano da Igreja dos Santos dos Útimos Dias - Mormons






O Engano da Igreja dos Santos dos Útimos Dias - Mormons






A história do mormonismo tem início com a pessoa de Joseph Smith, nascido a 23 de dezembro de 1805, no Condado de Windsor, Estado de Vermont, nos Estados Unidos. 

UM RESUMO HISTÓRICO DO MORMONISMO

Para melhor compreender a história do mormonismo, torna-se necessário estudá-la partindo da sua base, isto é, da vida de Joseph Smith, o fundador da seita. 

A PRIMEIRA VISÃO DE SMITH

Joseph Smith tinha mais ou menos dez anos de idade quando, com seus pais, mudou-se para Palmyra, no Condado de Ontário (atual Wayne), no Estado de Nova Iorque. Quatro anos após, mudou-se novamente, agora para Manchester, também no Condado de Ontário.
Foi criado na ignorância, pobreza e superstição. Ainda moço, decepcionou-se com as igrejas que conhecera. Foi nesse tempo que diz ter recebidoa sua primeira visão, segundo a qual apareceram-lhe o Pai e o Filho, denunciando a falsidade detodas as igrejas, com as seguintes palavras: "Eles se chegam a mim com os seus lábios, mas seus corações estão longe de mim; eles ensinam mandamentos dos homens como doutrina, tendo aparência de santidade, mas negando o meu poder" (O Testemunho do Profeta Joseph Smith, p. 4).



A SEGUNDA VISÃO DE SMITH

De acordo com o relato do próprio Smith, apareceu-lhe o "anjo" Moroni, que, segundo fez crer, havia vivido naquela mesma região há uns 1400 anos. Mórmon, o pai de Moroni, um profeta, havia gravado a história do seu povo em placas de ouro. Quando estavam a ponto de serem exterminados por seus inimigos, Moroni teria enterrado essas placas ao pé de um monte próximo do local onde hoje é Palmyra. Nessa visão, Moroni teria indicado a Joseph Smith o lugar onde as placas foram escondidas, e emprestou-lhe umas pedras especiais, um certo tipo de lentes, chamadas "Urim" e "Tumim", com as quais Joseph Smith poderiadecifrar e traduzir os dizeres dessas placas.
Depois de conseguir as placas de ouro e as lentes, Smith, sentado por trás de uma cortina, teria ditado a um amigo a tradução do que estava escrito nas placas. Depois devolveu as placas e as lentes a Moroni. Uma vez traduzida, a obra foi publicada pela primeira vez em 1829, recebendo o título de O Livro de Mórmon.

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I. FUNDAÇÃO DA IGREJA MÓRMON

Joseph Smith cedo encontrou quem o aceitasse como profeta, pelo que fundou a "Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias". Desde então, ficou estabelecido como um princípio doutrinário que esta era a única igreja verdadeira,e que fora dela não havia outro meio de salvação para o homem.
Uma série de "revelações" de Joseph Smith foi desenvolvendo a doutrina dessa igreja, transformando-a, através dos anos, numa forma de politeísmo. Os crentes deveriam edificar uma teocracia, isto é, teriam o assessoramento de doze  apóstolos. As pretensões de domínio de Smith eram tão elevadas que ele chegou a lançar-se candidato à presidência dos Estados Unidos.
Smith e seus seguidores sofriam não poucas perseguições, razão por que eram levados a peregrinar de um a outro ponto da América, procurando onde estabelecer uma colônia e fundar o reino de Deus. Encontraram acolhida em Illinois, onde erigiram a cidade de Nauvoo. Ali, acusado de grosseira imoralidade e falsificação, Smith foi preso, e uma turba enfurecida invadiu a cadeia e, a tiros, matou Smith e seu irmão, Hyrum.

1.4. A DIVISÃO DA IGREJA MÓRMON

Depois da morte de Joseph Smith, sua igreja se dividiu. A primeira facção seguiu a liderança de Brigham Young, fiel discípulo do "profeta" Smith. Como ainda eram muitas as perseguições que sofriam nessa época, Young e aqueles a quem liderava, após penosa peregrinação, em julho de 1847, chegaram ao Estado de Utah, na época território mexicano não ocupado, e, ali, onde hoje é a cidade de Salt Lake City, fundaram a sede da igreja, uma espécie de quartel-general, de onde o mundo seria alcançado pelos apóstolos do mormonismo.
A maioria, no entanto, decidiu ficar sob a liderança de um filho de Joseph Smith, e separou-se dos demais, permanecendo no Estado de Missouri. Reorganizaram a igreja e estabeleceram sua sede em Independence, Missouri. Chamaram-na "Igreja Reorganizada de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias". Esta igreja tem prosperado e ainda permanece, embora seja menor que a de Utah. Das várias facções que surgiram depois da morte de Joseph Smith, outra digna de menção é a "Igreja de Cristo do Lote do Templo", com sede em Bloomington, Estado de Illinóis. Segundo as "revelações" recebidas por alguns líderes dessa facção, convenceram-se de que Sião, o lugar do regresso de Cristo à Terra, está em Bloomington, e não em Israel. Crêem que Ele terá o seu templo em certo lote da área onde está a sede dessa igreja.

II. O LIVRO DE MÓRMON




Cabe-nos perguntar: O Livro de Mórmon é também a Palavra de Deus? Tem ele o significado e o valor que os mórmons dizem ter? A resposta a ambas as perguntas é: NÃO!

2.1. O QUE É O LIVRO DE MÓRMON

A primeira edição de O Livro de Mórmon para o português apareceu no ano de 1938 no Brasil, e, até o ano de 1975, já haviam sido impressas seis edições.  O Livro de Mórmon compõe-se de 15 livros, divididos em capítulos e versículos, tal como a Bíblia Sagrada. Os seus livros estão dispostos da seguinte maneira:



No seu todo, O Livro de Mórmon soma um total de 239 capítulos e 6553 versículos.
Nele são encontrados capítulos inteiros da Bíblia. Por exemplo: Iª Nefi 20 é igual a Isaías 48; 2ª Nefi 12 e 24 são iguais a Isaías 2 e 14; 3ª Nefi 24 é igual a Malaquias 3; 3ª Nefi 12 e 14 são iguais a Mateus 5 e 7; Moroni 10.7-20 é igual a 1 Coríntios 12.
Não obstante O Livro de Mórmon conter muito da Bíblia Sagrada, ele a condena como um livro mutilado e cheio de erros, que Satanás usa para escravizar os homens. Isto é dito textualmente em Iª Nefi 13.28,29 e 2ª Nefi 29.3,6.

2.2. TESTEMUNHOS CONTRA O LIVRO DE MÓRMON

São muitíssimas as provas de que O Livro de Mórmon é obra de homem e não a Palavra de Deus. Dentre essas provas destacam-se as seguintes:

  1. A opinião mais comum entre os estudiosos do mormonismo é que o conteúdo de O Livro de Mórmon, em grande parte, foi tomado de um romance de Salomão Spaulding, um pastor presbiteriano aposentado, que escreveu uma históriafictícia dos primeiros habitantes da América.
  2. As descobertas arqueológicas e os estudos históricos provam que os primeiros habitantes da região indicada em O Livro de Mórmon eram muito diferentes da descrição que ele dá quanto aos costumes, nomes, caráter e línguas.
  3. O Livro de Mórmon  contém mais ou menos 10.000 citações diretas da versão da Bíblia inglesa "King James", publicada pela primeira vez em 1611.
  4. O livro pretende ser a tradução de placas de ouro enterradas desde o ano 420 até 823, contudo citam com precisão capítulos inteiros de uma Bíblia publicada em 1611. Isso é simplesmente inconcebível!
  5. O livro foi escrito em uma linguagem paupérrima, porém, quando cita a Bíblia (o profeta Isaías, por exemplo), mostra erudição de linguagem, mais uma prova de que esses textos foram copiados diretamente da Bíblia.
  6. O Livro de Mórmon  põe na boca de personagens que viveram séculos antes de Cristo, palavras que a Bíblia atribui a nosso Senhor; ou põe na boca do Senhor palavras que só poderiam sair da boca de um bastardo e inculto.
  7. É estranho que Joseph Smith não mostrasse as placas de ouro a ninguém mais, além das três testemunhas abaixo, para que o seu testemunho fosse confirmado.
  8. Oliver Cowdery, David Whitner e Martins Harris são citados em O Testemunho do Profeta Joseph Smith como tendo visto as placas de ouro de onde Smith teria traduzido O Livro de Mórmon. O próprio Smith os chama depois de "ladrões e mentirosos, demasiadamente maus para serem mencionados" (Smith, History of the Church, vol. IV, p. 461).
  9. Para tão volumoso conteúdo de O Livro de Mórmon, as placas de ouro que Joseph Smith descreveu requeriam um trabalho microscópico ou algo miraculoso.
  10. Os muitos erros gramaticais e de conteúdo de O Livro de Mórmon o fazem obra de homem e não Palavra de Deus.

III. O "PROFETA" JOSEPH SMITH



Como o caráter de qualquer movimento ou religião é de certa forma, um segmento do caráter do seu fundador, torna-se evidente que quanto mais conhecermos a respeito de Joseph Smith, melhor conheceremos o mormonismo, também chamado "A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias".
Foi Joseph Smith um profeta de Deus? Ou foi ele um falso profeta? A resposta a esta pergunta se acha na Bíblia Sagrada.

3.1. COMO JULGAR UM PROFETA

Deus mesmo nos dá o critério para julgar um profeta, procurando saber quando ele fala daparte do Senhor ou fala de si mesmo; quando ele é um verdadeiro ou um falso profeta.
Diz Deus:

"O profeta que presumir falar alguma palavra em meu nome, que eu não lhe mandei falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta será morto. Se disseres no teu coração: 'Como conhecerei a palavra que o Senhor não falou?' Sabe  que quando esse profeta falar em nome do Senhor, e a palavra dele se não cumprir nem suceder como profetizou, esta é a palavra que o Senhor não disse; com soberba a falou o tal profeta: não tenhas temor dele... Quando um profeta ou sonhador se levantar no meio de ti, e te anunciar um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver  falado, e disser: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras desse profeta ou sonhador" (Dt 18.20-22; 13.1-3).

A prova do falso profeta tanto era razoável como natural, e consistia no seguinte:

1) Se a palavra proferida não se cumprir; ou
2) Se a palavra se cumprir, mas o profeta, prevalecendo-se disto, conduzir as pessoas a se afastarem do verdadeiro Deus e a seguirem outros deuses.

3.2. PROFECIAS DE JOSEPH SMITH

Vamos mostrar algumas das "profecias" de Joseph Smith que não suportaram o rigor e o crivo da exatidão divina:

3.2.1. A NOVA JERUSALÉM E SEU TEMPLO

Smith profetizou que a Nova Jerusalém e o seu templo devem ser erigidos no Estado de Missouri, nos Estados Unidos, nesta geração (Doutrina e Pactos, seção 84.1-5).
Ratificando esta absurda profecia, Orson Pratt, apóstolo do mormonismo, declarou efusivamente:

"Os Santos dos Últimos Dias esperam ocumprimento desta profecia durante a geração em existência, em 1832, assim como esperam que o sol nasça e se ponha amanhã. — Por quê? — Porque Deus não pode mentir. Ele cumprirá todas as suas promessas" (Revista de Discursos, vol. IX, p. 71).

3.2.2. A CASA EM NAUVOO

Smith profetizou que sua casa em Nauvoo haveria de permanecer e pertencer à sua família para sempre (Doutrina e Pactos, Seção 124.56-60). Porém, após sua morte, os mórmons deixaram a cidade e sua casa não pertence a nenhum dos seus familiares.

3.2.3. Os INIMIGOS

Aplicou a si próprio o texto de 2ª Nefi 3.14, dizendo que os seus inimigos seriam confundidos e destruídos ao procurarem destruí-lo. No entanto, ele foi morto à bala na prisão de Cartthage, em Illinóis, no dia 27 de junho de 1844.

3.2.4. O NASCIMENTO DE JESUS

Falou que Jesus devia nascer em "Jerusalém", que é a terra de nossos antepassados (Alma 7.10), quando a Bíblia diz que Jesus nasceria em Belém da Judéia (Mq 5.2), profecia que se cumpriu fielmente (Mt 2.1).

3.2.5. A VINDA DO SENHOR

Em 1835, profetizou: "a vinda do Senhor está próxima... até mesmo cinqüenta e seis anos deviam terminar a cena" (History of the Church, vol. II, p. 182).

3.2.6. Os "HABITANTES DA LUA"

Smith predisse que "os habitantes da lua têm tamanho mais uniforme que os habitantes da Terra, têm cerca de 1,83m de altura. Vestem-se muito à moda dos quacres, e seu estilo é muito geral, com quase um só tipo de moda. Têm vida longa, chegando geralmente a quase mil anos" (Revista de Oliver B. Huntinton, vol. II, p. 166).
Evidentemente, Smith jamais sonhara que algum dia o homem chegaria à lua, e verificaria que lá não há nenhum tipo de vida.

IV. PRINCIPAIS DOUTRINAS DO MORMONISMO

Como as demais seitas o mormonismo também possui suas doutrinas exóticas e antibíblicas, como é mostradoa seguir.

4.1. REGRAS DE FÉ DO MORMONISMO

O próprio Joseph Smith, fundador do mormonismo, escreveu aquilo que até hoje é aceito como "Regras de Fé d'A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias", as quais se seguem: 


  1. Cremos em Deus, o Pai Eterno, e no seu Filho, Jesus Cristo, e no Espírito Santo.
  2. Cremos que os homens serão punidos pelos seus próprios pecados e não pela transgressão de Adão.
  3. Cremos que, por meio do sacrifício expiatório de Cristo, toda a humanidade pode ser salva pela obediência às leis e regras do Evangelho.
  4. Cremos que os primeiros princípios e ordenanças do Evangelho são: primeiro, fé no Senhor Jesus Cristo; segundo, arrependimento; terceiro, batismo por imersão, para remissão dos nossos pecados; quarto, imposição das mãos para o dom do Espírito Santo.
  5. Cremos que um homem deve ser chamado por Deus, por profecia e por imposição de mãos por quem possua autoridade para pregar o Evangelho e administrar ordenanças.
  6. Cremos na mesma organização existente na igreja primitiva, isto é, apóstolos, profetas, pastores, mestres, evangelistas, etc.
  7. Cremos no dom de línguas, na profecia, na revelação, nas visões, na cura, na interpretação de línguas, etc.
  8. Cremos ser a Bíblia a Palavra de Deus, quando forcorreta a sua tradução; cremos também ser O Livro de Mórmon a Palavra de Deus.
  9. Cremos em tudo o que Deus tem revelado, em tudo o que Ele revela agora, e cremos que Ele ainda revelará muitas grandes e importantes coisas pertencentes ao Reino de Deus.
  10. Cremos na coligação literal de Sião, na restauração das Dez Tribos; que Sião será construída neste continente (o norte-americano); que Cristo reinará pessoalmente sobre a Terra, a qual será renovada e receberá a sua glória paradisíaca.
  11. Pretendemos ter o privilégio de adorar a Deus, o Todo-Poderoso, de acordo com os ditames da nossa consciência, e concedemos a todos os homens o mesmo privilégio, deixando-os adorar, como ou o que quiserem.
  12. Cremos na submissão aos reis, presidentes, governadores e magistrados, como também na obediência, honra e manutenção da lei.
  13. Cremos ser honestos, verdadeiros, castos, benevolentes, virtuosos e em fazer o bem a todos os homens. Na realidade, podemos dizer que seguimos a admoestação de Paulo.
  14. Cremos em todas as coisas e confiamos na capacidade de tudo suportar. Se houver qualquer coisa virtuosa, amável e louvável, nós a procuraremos.

4.2. DESTRUINDO SOFISMAS

Tem assustado a muitos cristãos sinceros o fato de haver grande semelhança entre determinados pontos deste credo mórmon e a crença bíblica por eles esposada. Vem ao caso indagar: "Isto significa que os mórmons comungam dos mesmos princípios espirituais que o Cristianismo  autêntico aceita como doutrina bíblica?" A resposta é: NÃO!
Como a sinceridade de uma crença não estabelece a sua veracidade, é muito fácil mostrar que, na teoria, o mormonismo diz crer no que o verdadeiro cristão crê; enquanto, na prática, as suas doutrinas se mostram pura heresia. Se não, vejamos:

a. O Deus e o Cristo do mormonismo não são os mesmos revelados na Bíblia.
b. Na doutrina mórmon a pena do pecado é muito diferente da mostrada nas Escrituras.
c. A obra expiatória de Cristo tem significado bem diferente para o mormonismo.
d. Ainda que admita crer nos "princípios e ordenanças do Evangelho", o mormonismo os faz monopólio próprio.
e. A vocação ministerial só é legítima quando evidenciada por parte dos mórmons — dizem.
f. A Igreja Cristã fracassou, pelo que o mormonismocom toda a sua hierarquia, é hoje o único representante da verdadeira Igreja — afirmam.
g. As operações do Espírito, conforme crê o mormonismo, nada têm a ver com aquelas manifestações tratadas no Novo Testamento.
h. A Bíblia é um livro imperfeito, precisando ser suplementada pelo O Livro de Mórmon, Doutrina e Pactos, e A Pérola de Grande Preço — alegam.
i. A crença mórmon na revelação progressiva de Deus objetiva estabelecer a canonicidade de O Livro de Mórmon, bem como das chamadas "revelações" de Joseph Smith.
j. O mormonismo crê que, na manifestação de Cristo, a América do Norte, e não Israel, será a sede do seu governo milenar.
l. Enquanto admite crer nas autoridades constituídas, o mormonismo praticamente nega obediência ao único e verdadeiro Deus.

4.3. OUTRAS HERESIAS DA DOUTRINA MÓRMON

Dado o grande volume de doutrinas defendidas pelo mormonismo, dentre outras, atente para as seguintes:

4.3.1. ACERCA DA BÍBLIA

"A Bíblia é a Palavra de Deus, escrita pelos homens. E básica no ensino mórmon. Mas os santos dos últimos dias reconhecem que se introduziram erros nesta obra sagrada, devido à forma
como este livro chegou a nós. Além do mais, consideram-na incompleta como um guia...
"Suplementando-a, os santos dos últimos dias possuem três outros livros. Estes, como a Bíblia, constituem as obras-padrão da Igreja. São conhecidos como O Livro de Mórmon, Doutrina e
Pactos e A Pérola de Grande Preço" (Quem São os Mórmons?, p. 11).

4.3.2. ACERCA DE DEUS

"Agora ouvi, ó habitantes da terra, judeus e gentios, santos e pecadores! Quando nosso pai
chegou ao jardim do Éden, entrou nele com um corpo  celestial, e trouxe consigo Eva, uma de suas esposas. Ele ajudou a organizar o mundo. Ele é Miguel, o Arcanjo, o Ancião de Dias! acerca de quem santos homens têm escrito e falado — ele é o nosso  pai e nosso Deus, e o único Deus com quem devemos lidar" (Brigham Young, Revista de Discursos, vol. Lpp. 50,51).
4.3.3. ACERCA DE JESUS CRISTO

"Ele não foi gerado pelo Espírito Santo..." (Revista de Discursos, 1-50).

"Jesus Cristo foi polígamo: Maria e Marta, as irmãsde Lázaro, eram suas esposas pluralistas, e
Maria Madalena era outra. Também a festa nupcial de Cana da Galiléia, onde Jesus transformou água em vinho, realizou-se por ocasião de um dos seus casamentos" (Brigham Young, Wife n fl 19, 384).

4.3.4. ACERCA DA IGREJA

"É evidente que a Igreja foi literalmente expulsa da Terra; nos primeiros dez séculos que seguiram logo após o ministério de Cristo, a autoridade do sacerdote foi perdida entre os homens, e  nenhum poder humano poderia restaurá-la. Mas o Senhor, em sua misericórdia, providenciou o restabelecimento de sua Igreja nos últimos dias, e pela última vez... Foi já demonstrado que essa restauração foi efetuada pelo Senhor através do Profeta Joseph Smith"  (Mediação e Expiação,  pp. 170, 171, 178).

4.3.5. ACERCA DO BATISMO PELOS MORTOS

"Temos aqui [Hebreus 6.1,2] a explicação de como as portas de sua prisão poderão ser abertas e eles postos em liberdade; pela crença do Evangelho, através do batismo pelos mortos. Os que ainda estão na carne fazem trabalho vicário para os seus mortos, e, assim tornam-se salvadores do monte Sião" (O Plano de Salvação, p. 32).

4.3.6. ACERCA DO MATRIMÔNIO

"O matrimônio, na teologia mórmon, é um contrato sagrado, ordenado divinamente. Sob a autoridade do sacerdote, um homem e uma mulher são  casados não somente para essa vida como maridos e esposas legais, mas também para a eternidade" (Quem São os Mórmons?, p. 13).

4.3.7. ACERCA DO CASTIGO ETERNO

"Não devemos dar uma interpretação particular a este termo; procuraremos entender corretamente o seu significado. Castigo eterno é o castigo de Deus; sem fim é a punição de Deus; ou, em outras palavras, é o nome da punição que Deus inflige, sendo ele eterno em sua natureza. Por isso, todos aqueles que recebem castigo de Deus, recebem um castigo eterno, dure este uma hora, um dia, uma semana, um ano ou uma era" (O Plano da Salvação, p. 35).

4.4. REFUTAÇÃO A ESSAS DOUTRINAS FALSAS

O árbitro maior da fé cristã não é a teologia seca e morta, nem as alegadas "visões" de homens, sejam eles quem for, mas a Bíblia Sagrada. E é à luz dos seus ensinos que as crenças do mormonismo são refutadas, como é mostrado a seguir.

4.4.1. A BÍBLIA

A Bíblia Sagrada fala de si mesma, como:

• O livro dos séculos (SI 119.89; 1 Pe 1.25).
• Divinamente inspirada (Jr 36.2; 2Tm 3.16; 2 Pe 1.21).
• Poderosa em sua influência (Jr 5.14; Rm 1.16; Ef 6.17; Hb4.12).
• Absolutamente digna de confiança (1 Rs 8.56; Mt 5.18; Lc 21.33).
• Pura (SI 19.8).
• Santa, justa e boa (Rm 7.12).
• Perfeita (SI 19.7; Rm 12.2).
• Verdadeira (SI 119.142).

Os escritos mais antigos dos Pais da Igreja, apoiados pelas mais recentes descobertas arqueológicas, provam que a Bíblia é um livro inalterável em conteúdo literário e doutrinário.

4.4.2. DEUS

• Deus e Adão são pessoas distintas. Deus é o Criador (Gn 1.26), enquanto Adão é criatura de Deus (Gn 1.27).
• Deus não é homem (Nm 23.19).
• Deus é Espírito (Jo 4.24).
• Deus é imutável (Ml 3.6).
• Deus é eterno (SI 102.26,27).

4.4.3. JESUS CRISTO

• Jesus Cristo foi gerado por obra e graça do Espírito Santo (Lc 1.35).
• Dizer que Jesus era casado, e que as Bodas de Cana da Galiléia foi a festa do seu próprio casamento, demonstra ignorância quanto à exegese de João 2.2. Muito mais que isto, constitui-se num abominável ultraje à Pessoa do Salvador Jesus Cristo.

4.4.4. A IGREJA

• A Igreja foi estabelecida por Jesus (Mt 16.18).
• A Igreja está fundamentada em Jesus (Mt 16.16,18).
• A Igreja é vitoriosa sobre o inferno pelo poder de Jesus (Mt 16.18).
• A Igreja será glorificada por Jesus (Ef 5.25-27).

É evidente que, durante séculos, a Igreja tem sofrido a perseguição dos poderosos e a rejeição dos arrogantes, contudo, tem brilhado e triunfado.

4.4.5. O BATISMO PELOS MORTOS

• Não há nenhuma referência na Bíblia, nem na história eclesiástica, quanto ao batismo pelos mortos, como uma prática da Igreja.
• A ênfase de Paulo em 1 Coríntios 15.29,30 é sobre a ressurreição dos mortos, e não sobre o batismo pelos mortos. A referência de Paulo a esse batismo praticado pelo paganismo é feita como represália àqueles que, a despeito de ensinarem a validade desse batismo, negavam a possibilidade da ressurreição.

4.4.6. O MATRIMÔNIO

• Não obstante constituído por Deus, o matrimônio não chega a ser um sacramento divino.
• Os ressuscitados serão como os anjos, não se casam nem se dão em casamento (Mt 22.30).

4.4.7. O CASTIGO ETERNO

• Se a interpretação mórmon quanto ao castigo dos ímpios é correta, então o gozo dos salvos não será eterno no verdadeiro sentido da palavra. Assim sendo, como explicar passagens como João 6.51; 1 João 2.17 e Mateus 25.46?

V. CONCLUSÃO

Diante do exposto podemos conferir os graves erros teológicos, históricos e geográficos que constituem a doutrina dos Mormons. Sendo assim ela deve ser combatida a luz da palavra de Deus e seus seguidores, devem ser alcançados pelo evangelho verdadeiro que tem o poder de libertar o homem das mentiras do Diabo.
Um prícipio que devemos ter em mente é que a Bíblia Sagrada é a única palavra de Deus inspirada e altorizada por Ele, estando à bíblia acima de qualquer visão, revelação ou profecia. Concluimos este estudo com as palavras do apóstolo Paulo a igreja de Gálatas: “Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho que, na realidade, não é o evangelho. O que ocorre é que algumas pessoas os estão perturbando, querendo perverter o evangelho de Cristo. Mas ainda que nós ou um anjo do céu pregue um evangelho diferente daquele que lhes pregamos, que seja amaldiçoado! Como já dissemos, agora repito: Se alguém lhes anuncia um evangelho diferente daquele que já receberam, que seja maldiçoado!(Gálatas 1:6-9)”


By Bishop Eduardo Rodrigues - IBT


Para saber mais recomendamos ler os seguintes livros: